segunda-feira, setembro 19, 2016

Cada show tem uma energia, um fluxo, uma mágica diferente, e quanto mais a gente estiver esquecido disso, mais entramos em sua correnteza. Então, eu gosto de ensaiar muito, de estar acertado com tudo, pra que na hora da apresentação das músicas, a rédea possa ser solta e correr tudo bem.
Então, isso, de deixar correr, é um outro tipo de treino. E é necessário fazer muitos shows, pra conseguir saber sobre isso. Na minha lembrança, essa é a época em que mais tenho embicado os shows, daí é que sinto que mais tenho aprendido com eles. Por que o leitor sabe, para se colocar no centro da atenção de outras pessoas, enquanto mostramos as músicas, é necessário que estejamos muito seguros de nós mesmos e delas, quer dizer, que nós, com as músicas, iremos fazer sentido pra todas as pessoas que estão a nos ver, de uma a uma, e tudo. E que a gente tenha coragem de estar inteiro ali, porque já aconteceu muito de eu ligar o automático e ficar pairando na paralisia, enquanto a música corre por baixo, e eu trancado em cima, na nuvem negra, estanque.
Então é isso, eu tou aprendendo a ficar ali, com meu violão e meu corpo mesmo, no fluxo das músicas, no seu movimento, junto delas, sem escapulir e me prender por fora da sua corrente, parado, escondido, mas ali, por fora, se liga.
E foi especial pra mim, participar do Bem-me-cuir junto ao Prática de Montação, que está montando para encenar a peça Cabeça de Porco, baseada em minha obra lítero-musical.
Tudo muito lindo, os menin@s demais!

Pedro fez uma foto pra mim:

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