sexta-feira, agosto 31, 2007

Faz um sol branco, de inverno.
Mamãe conversa com seu Valmir sobre as dificuldades da saúde, do cuidado com que precisamos nos precaver das doenças. Conversa sobre o proprietário de nossa casa, que morreu no início do ano.
- Se morrer, não volta mais - ela disse.
Seu Valmir não está na sala, conversa com mamãe de pé, na escada.
Pedro foi ao banco.
Ao meio-dia iremos ao médico-cardiologista do posto de saúde do bairro. Levarei para o banco de espera uma edição de 1942, do Dom Casmurro. É uma edição em que a grafia das palavras da língua portuguesa é toda diferente da que se grafa hoje em dia no Brasil. Isso é legal, porque ajuda-nos a recuar melhor no tempo e quase estar no Rio daquele tempo.
Antes, eu estava curtindo um livro dele em que o Rio de Janeiro está cheio de chácaras em torno à enseada de Botafogo, com carros puxados a cavalos e bondes cortando a cidade.
Aqui mesmo em Nikity City, que naquela época era chamado de Praia Grande, deveriam ser maravilhosos os bairros do Ingá e Icaraí, que hoje, com suas muralhas de edifícios e as praias sujas, têm a beleza maravilhosa da nostalgia, assim, da eternidade…
Passo por essas praias todos os dias em que vou nadar e o mar junto da areia é tão lindo, precioso e vivo como o sol. Não vai morrer, se liga…

2 comentários:

Fábio Shiraga disse...

E o Rio de Janeiro continua lindo, não é?
O tsk tsk, é como o tsc tsc. [risos] É um som de reprovação, Luís. Entende?
Não entendeu ainda? tsc tsc... rs

Abraço e bom final de semana!

Servio Tulio disse...

Oi Luís! Foi bom falar contigo ao telefone. Legal também é ler estas palavras da Clara. O Ed foi para Sampa de novo. Caramba... ele não pára......Eu sei que eu também não paro. Mas vem feriadão por aí...