sábado, outubro 23, 2010

Estivemos, ontem, no Show de Marcos Sacramento com o violão de Luiz Flavio Alcofra. É um show em que ele canta apenas músicas de seresta, dor de cotovelo. Ele entrou apertado num terno de listrinhas cinzas e negras que o deixou com um outro corpo e, aí, bom leit@r, o Sacramento não era mais o Sacramento, era um personagem da canção brasileira, um personagem do Rio de Janeiro, assim, os cabelos arrumados em desalinho e a platéia lotada no frio do ar-condicionado.
Uma mulher sentada na fileira atrás de mim soltava Huuuuuuuuuuu, huuuuuuuuuu, a cada final de música e eu não estava gostando daquilo no pé do meu ouvido, porque o Sacramento e o Luiz Flavio levavam às músicas à perfeição, as músicas ficavam cristalinas, frágeis no meu ouvido, umas belezas muito delicadas, de tão puras, quase a se quebrar nos meus ouvidos, e a mulher atrás de mim, sem noção.
E, quando o Sacramento começava n’outra música, ela incontrolada dizia, quase gritando:
- O que que é isso!? – quer dizer, ela ficou maluca...rs.
Ao fim, Pedro disse:
- Que lindo!

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