sexta-feira, outubro 22, 2010

Tenho muitas alegrias com as músicas que fiz, com meus livros, com as letras e melodias, que são, assim, como objetos espirituais, quero dizer, bom leitor, são corpos espirituais, livros e músicas, que podem ir fluindo no meio de todo mundo feito o ar que a gente respira, feito as coisas que a gente pensa, as coisas que sentimos, os fluidos que vão passando de pessoa pra pessoa e tal.
E eu fico muito alegre, quando chego ao final de uma música, de um texto, e, então, eles podem começar fazer esse circuito no mundo entre a gente. Em especial, falo de “Homens”, que postei aqui ontem, compartilhada do Youtube, fazendo o circuito cósmico do éter da web, muito dominada e muito melhorada pela voz do Sacramento e violão à moda de viola do Luiz Flavio Alcofra, que Pedro filmou nas Casas Casadas, em Laranjeiras, no mês de agosto de 2008.
Quando compus o “Homens”, eu morava em Papucaia numa casinha de janelas de madeira pintadas de azul e a janela de meu quarto dava pra um grande terreiro cheio de galinhas e de árvores frutíferas.
Minha mãezinha vivia ali comigo administrando nossa casa e eu no quarto sonhando, como ainda hoje sonho aqui em Nikity, na casa onde hoje moro, sem quintal, sem árvore frutífera, sem galinha, sem meus gatos e com a janela azul do blog, se liga.

Um comentário:

Lu Caruso disse...

Linda essa coisa das janelas.
O leo hoje me disse que tinha cansado de tentar mudar o mundo. Aí eu falei pra ele, que se a gente vive no nosso mundo, só tem gente que a gente gosta e não tem espaço pra coisa ruim como caretisse, preconceito, etc. Que se aparece gente assim, a gente logo fecha a porta e aquela pessoa então não adentra no mundo que a gente vive. Ele concordou e marcamos uma cerveja pra mais tarde na praça São Salvador. É que a gente resolveu comemorar que estamos no mesmo mundo. E ainda aproveitar que é lua cheia né.