quinta-feira, novembro 03, 2011

Quando chegamos no sopé da colina onde está o cemitério de Japuíba, ouvimos alguém cantando. Era um senhor negro, vestido de terno. Ele tinha uma voz forte e lá de baixo, ouvíamos perfeitamente, tanto o que ele dizia, como o seu violão, que tocava de pé, sob as árvores, perto do portão de entrada. Era incrível como sua voz ía pra todo canto recebendo os que chegavam e não me lembro dos versos, exatamente, mas alguém dizia, através dele, que a gente não chorasse, porque esse alguém voltaria e tal. Era uma música triste e fiquei com muita vontade de chorar. Quer dizer, bom leit@r, eu subi a colina chorando, mas não deixei que vissem. E Pedro também me disse, quando chegamos lá em cima, que chorou...

Um comentário:

Anônimo disse...

Como compreender a morte, como compreender que o ente querido simplesmente "não está mais" entre nós. Nós nunca nos recuperamos ,no entanto prosseguimos de encontro a nossa própria morte.
silencioso leitor