sexta-feira, agosto 31, 2012


Em minha leitura do livro de Henry Miller, Nexus, há uma passagem bonita em que, sobre o processo de criação literária, o narrador diz as coisas irem aparecendo em sua frente e cabe-lhe apenas registrar o fluxo de coisas que lhe aparecem. E no livro do Zé Rodrix que estou lendo, Diário de um construtor do templo, há uma passagem parecida, onde diante da pedaço de pedra Johaben vê no seu interior aquilo que seu trabalho irá fazer dela. Em ambos os casos, o trabalho do artista é o de chegar ao que ele vê de antemão, quer dizer, silencioso leit@r, é o que dizem, os artistas são visionários, e trabalhem ou não, penso que eles continuarão vendo coisas. Daí, que se pode ser artista apenas em devaneio, um artista sem registro de nada e chegar a ser um artista nesse ponto é uma grande coisa, um grande ponto.

Fui.

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