quinta-feira, fevereiro 27, 2014



Tenho acordado cedo para levar as amostras de cocô para fazer os exames. São duas amostras por vez: uma coberta de um líquido e outra sem líquido. As moças que recebem as fezes, na Fiocruz, como todas as atendentes de serviço público, têm umas caras enfezadas, lidando com o computador, e falam com a gente através de um buraco aparelhado no vidro, que deixa a voz delas, assim, como dizer, eletrificadas, quer dizer, bom leit@r, ainda mais, impressionantemente, enfezadas.
O guarda, que fica recebendo a gente, fazendo a triagem e dando a senha, antes que consigamos chegar às atendentes, como diria, é um amor, muito, muito desenfezado, condescendente leit@r.
Eu disse:
- Vim trazer as fezes...
- Sim, senhor – ele disse e me deu a senha 16.
Logo a voz elétrica de monstro enfezado chamou o meu número.
E, aí, leit@r, em contraste com a fisionomia amarrada que a atendente tem de trás do vidro e olhando pra tela do computer, fui muito bem atendido.
Estou dizendo isso, porque tenho tido piriri há algum tempo.
Então, a médica, que sempre lida com o computador, ao invés de lidar comigo, de olhar pra mim e tal, resolveu investigar.
É isso aí.
Fui.

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