segunda-feira, fevereiro 27, 2017

Ainda sobre o meu olho, quando era estudante... eu não me lembro direito... mas fiz um trabalho escolar sobre a força que ele tem, relacionando isso à lenda indígena do guaraná, ao olho furado do Édipo, e fiz outras relações, embora na época não soubese ainda do olho grego para que também pudesse viajar nele e tudo.
Então, faz pouco tempo, durante as filmagens do Peixe, quando filmávamos aqui em casa uma de suas cenas com a incrível Teuda Bara – que fazia o papel de mamãe – eu comentei sobre isso, de me sentir fraco diante das coisas e que eu estava pensando que o meu olho era um sinal de minha debilidade, de fraqueza.
Então, a Teuda, que era mamãe, falou:
- Não, luís, fique tranquilo! Você não tem esse Édipo, não!
Então, agora, no contexto do lançamento do Diário da Piscina, literalmente, o olho furado voltou: a médica me disse que a infecção fez com que ele vazasse por dentro, por isso é que não paro de ver as sombras se movendo nas imagens que eu foco.
E fico imaginando as coisas que isso quer me dizer, os sentidos que isso faz pra mim... um lance dramático que me faz, parado aqui no apezinho, me centrar em mim mesmo e tentar gerar força, inventar, criar a força pra ir vivendo tudo no ritmo mais pesado que os dias têm, com um olho furado... he he he!

Moral da estória: febre a noite toda, gripe.

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