quarta-feira, maio 31, 2017

Eu tou muito feliz, porque o apezinho, a cozinha, o fogão, está de gás novo, forte, espirrando da boca da trempe quase como esguicho de baleiazinha. Fiquei muito feliz com isso, porque uma casa tem de ter cozinha funcionando bem. Tanto que, quando mamãe tentou ter uma casa pela primeira vez, eu era um menininho que só conseguia pensar em panelas, eu imaginava na bateria as panelas de aluminio penduradas, muito brilhantes e era tudo, a casa inteira, a cozinha.
Esse lance do gás novo veio, um pouco, compensar a minha angústia de estar nesse estado zoneado que é o Rio de Janeiro. Eu me lembro que quando vim embora pra cá, morava em Magalhães Bastos e mamãe me colocou pra estudar num conjunto residencial do BNH chamado Fumacê. Era uma escola do Estado, dentro de uma comunidade na zona norte da cidade, então, você pode imaginar o que era, nada.
E como me formei professor e por conta da neurotoxoplasmose me aposentaram, tenho vivido a angústia de não saber quando vou receber meu salário ainda do mês de março ou abril. Zoneou tanto que nem sei mais o mês que devo receber e quando.
Também não é apenas isso. Faz um tempo, eu disse aqui no Blog Azul sobre ter conseguido através do Grupo Pela Vidda-Niterói que fosse ampliado o número de passagens de meu Rio Card Social, pra que eu pudesse manter minhas terapias e manter minhas melhoras motoras e vocais. Então, a Dra Patrícia Diez Rios, depois de apresentada toda a documentação, os laudos todos, conseguiu, através de uma liminar, que fosse ampliado o meu RioCard para 60 passagens mensais.
Então, depois de toda a demora da zoneação, em janeiro desse ano estive no posto do Setrans em Copacabana para pegar o meu cartão de gratuidade, onde fui informado de que ele valeria até 2019.
Agora fui notificado que meu cartão tem validade somente até agosto. Fico pensando: sem entrar com processo judicial requerendo o direito, todos os meus cartões anteriores tiveram validade por dois anos. Por que agora tem apenas de seis meses?
Angústia.

Vou fazer um café!

domingo, maio 28, 2017

Quando eu e Bruno Cosentino combinamos de ele produzir um meu próximo disco e que fomos em sua casa para falar disso e selecionar as músicas, decidimos que ele produziria um disco chamado Homens Machucados. Dentre as músicas que sobraram das que selecionamos, Felipe Castro pensou num outro disco, o Crocodilo. E, porque na época ele estava sem estúdio, pensamos em distribuir as músicas entre os amigos artistas, para que cada um produzisse uma de suas faixas.
Por conta do acaso, que é sempre difícil de ser explicado e por conta da generosidade dos artistas pra quem mandamos as músicas do Crocodilo, esse disco está mais formado do que o Homens Machucados. Seu corpo já começa a ficar definido e ontem, estive com o Vovô Bebê para ir ajeitando por dentro o corpo do Crocodilo, um Osiris, aos poucos recolhido das margens do Nilo.. he he he.
O Gustavo Galo mandou pra gente o que ele tinha formado de uma das músicas, a Antigamente, num e-amil cujo título era “Capucho paulista, meooooo”. Eu pedi a ele que nos mandasse as pistas todas abertas, o projeto da música no programa de edição, que era pra eu colocar a viola caipira – eu tinha pensado na viola do Tulio, que é uma maravilha -, a viola, que é um instrumento que sem que eu soubesse, se casa muito bem com minha música. Acho que ela completa o que ela tem de rock and roll, sabe, o meu som.
E também tinha falado com o Marcos Campello sobre a viola, na música em que ele está a produzir. Além de já ter levado essa conevrsa com o Vovô Bebê, sobre a viola. E, ontem, em seu estúdio, quando abrimos as pistas da “Antigamente” voltou a ideia da viola e, aí, depois de eu pedir umas idéias que eu achava e que o vovô foi me entendendo e foi dando certo, com a “Antigamente” aberta, ele disse:
- Tive uma idéia, vamos ver se seremos presenteados por ela! – e, aí, se levantou e pegou a viola! – não era uma viola caipira, mas viola.
Pedro tirou foto.
Vejam:

quinta-feira, maio 25, 2017

Um Cinema Orly para Goiânia:

Paêbirú - Album Completo - Lula Côrtes e Zé Ramalho (1975)

Os objetos de arte são melhores do que o que diríamos sobre
eles. Mas enquanto a canalhada usurpadora vai devastando o pouquinho de
conquista política da gente mais pobre e humilhada, fui dar uma olhada no que
se tem na internet sobre o caminho paebiru, antes de ouvir outra vez o disco
Paebiru, do lula cortes e zé ramalho.
E, aí, as imagens de céu e de inferno que se abriram pra
mim, enquanto era levado pelo som do disco, há muito que, aqui no apezinho, não
me emocionava tanto de ouvir um disco, assim.
Daí, que a pista que o nome deu, esse caminho gramado pelo
interior da floresta pré-colombiana, pelo interior das américas, foi importante
demais para completar a beleza do som e isso me fez ficar pensando em falar pro
meu velho amigo Ciro, que tem feito postagens sobre viajar por aí, sair pelo
mundo assim como sem motivo, apenas sacando o convite da estrada e tudo.


Vejam:

quarta-feira, maio 24, 2017

podcast de programa de rádio em que Bruno Cosentino fala e ouve seu disco ainda a ser lançado, dia 29. Quando conheci o Bruno, ele fazia uma apresentação dentro de um projeto chamado Gancho, no teatro café pequeno no Leblon. E me chamou pra apresentar uma de minhas músicas com ele. Depois, o gancho continuou e seu disco Babies tem Homens Flores. E gancho outra vez: eu sou feliz demais apenas por ouvir o corinho que tem em Eu quero ser sua mãe. Que faz a música ir se enlevando, se enlevando, pra que se veja que ela é mesmo assim: louca.
Ouçam com o carinho do Bruno:

quinta-feira, maio 18, 2017

Cópia de Maluca no Estômago et le théâtre Lupanar

Depois que se seguiram os shows em que anunciamos o Diário
da Piscina(É selo de língua – editora É) aqui no Rio de Janeiro, é a vez de
começar tudo de novo. Quando de novo os meninos Vitor Wutzki e Tulio Freitas,
já de volta às suas vidas, puderem se juntar às músicas outra vez, a gente faz
outro enxurro de apresentações delas, outra - como eu me vi falando na volta
pra casa de nosso último show juntos – outra experiência de quase morte.
É que vínhamos na noite pela ponte, de carona com Simon,
vindos do Escritório, onde dividimos show com Bruno Cosentino. Aí, eu vinha
enumerando as coisas lindas vistas à noite da ponte e o Simon falou das luzes
dos automóveis que ele seguia na estrada dela, da ponte. Aí, eu brinquei com
ele, disse que como na experiência de quase morte, a gente não poderia entrar
na luz, porque, aí, era uma batida e estaríamos mortos. Daí, os shows me
lembram isso, se liga, e agora estou aqui de volta no apezinho, começando tudo
outra vez.
Pedro me mandou hoje a Maluca que ele fez no celular, no estômago
et le théâtre lupanar. O Gustavo, do estômago, me deu uma fita – pedaço da
cortina de entrada – que não supus poder se transformar na asa em que se
transformou.
No dia seguinte, quando fizemos a apresentação no
Escritório, a última delas, e quando se passou a estória da experiência de
quase morte, pedi a Jack que fizesse a asa que faltava, do lado direito da
camisa, com uma sacola de plástico amarela.
Moral da estória: começo tudo outra vez, agora, com asas.


Vejam nosso singelo #Fora Temer:

terça-feira, maio 16, 2017

Muito emocionado pra ouvir a entrevista com Fabio Shiraga. Me fez olhar de onde não costumo me ver. E especialmente agora que os meninos se foram, depois de tantas apresentações mergulhadas na gente mesmo, se olhar assim de fora, na contraluz da entrevista, foi bonito:




segunda-feira, maio 15, 2017

Limeira Colorida

Segunda-feira pós dia das mães o INTERVENÇÃO URBANA traz o músico, compositor, pintor e escritor Luís Capucho para falar de seu trabalho em entrevista cedida a Fabio Shiraga.


Autor dos livros Cinema Orly (1999), Rato (2007), Mamãe Me Adora (2012) e Diário da Piscina (2017), Capucho está fazendo uma série de shows para divulgar este último lançamento. Em suas apresentações toca as músicas dos discos Lua Singela (2003), Cinema Íris (2012) e Poema Maldito (2014).
Luís Capucho ajuda a escolher as músicas do programa, que também conta com depoimentos dos grandes Péricles Cavalcanti sobre música que escreveu para Cássia Eller e Wado sobre Capucho.
Agradecimento especial ao amigo Júnior Bocão, da banda Divina Supernova, apresentador do Balaio da Garça.

INTERVENÇÃO URBANA #18
Apresentação e produção: Fabio Shiraga
Direção: Ricardo Drago
Onde: MutanteRadio
Segunda-feira, dia 15.05 às 18:00, na Mutante Mecânica
Ouça também pelo app TuneIn


Eu quero ser sua mãe - Bruno Cosentino [Clipe Oficial]

Minha camisa de fazer show, ganhou asas, que mamãe diria ser
asas de barata.
Quando o Guilherme, depois do show que fizemos no “Estômago
Lupanar”, me presenteou com um pedaço de fita de plástico fosca, transparente,
para que eu colocasse na minha camisa de fazer shows, não fazia ideia da asa
linda que ela era. Depois que vi que era uma asa para o meu lado esquerdo –
mamãe diria ser uma asa de barata – no dia seguinte, para o show com o Bruno
Cosentino, no Escritório, a Jack me ajudou a fazer a asa para meu lado direito.
Fez com uma sacola amarela, plástica, de mercado. Lindíssima!
Então, terminar esse ciclo com asas - de shows que fizemos
com Vitor Wutski e Tulio Freitas, shows que junto ao prêmio municipal, celebram
o lançamento do Diário da Piscina(É selo de língua – editora É/2017) é muito
demais pra mim.
E não é só isso.
Hoje às 18 horas participarei do programa virtual de músicas
Intervenção Urbana, do Shiraga. Um programa cheio de perguntas também e que
estou louco pra ver, pra saber o que eu disse...rs.
E tem “Eu quero ser sua mãe” chamando para o novo trabalho
do Bruno.
Puta que pariu!


Vejam:

quarta-feira, maio 10, 2017

Daqui a pouco, terei o grande prazer de apresentar minhas composições no Bar Semente, um bar íntimo e com um som maravilhoso, onde tenho me apresentado desde que fizemos o Poema Maldito. Dessa vez, no embalo do recebimento da medalha José Cândido de Carvalho e do lançamento do livro Diário da Piscina(È selo de língua-editora É/2017) e no sotaque paulista dos instrumentos dos meninos Vitor Wutzki e Tulio Freitas:

segunda-feira, maio 08, 2017

Eu quero ser sua mãe - Bruno Cosentino na Câmara Municipal

No conjunto de apresentações que estão a acompanhar a
entrega da medalha José Cândido de Carvalho a minha obra literária e, ao mesmo
tempo, shows que acompanham o lançamento do Diário da Piscina(É selo de lingua
– editora É/2017) aqui no Rio de Janeiro, tocaremos:
Quarta-feira, dia 10 de maio, 21 h: Bar Semente
Quinta-feira, 11 de maio, 21 h: Estômago et le théâtre
Lupanar
Sexta-feira, 12, 21h: casa do Rafael
Sábado, dia 13, 22 h: Escritório, com Bruno Cosentino.
Pedro registrou Eu quero ser sua mãe, com o bruno na Câmara
Municipal.


Vejam:

domingo, maio 07, 2017

Poltrona - Tulio Freitas

É uma alegria pra mim ter os meninos músicos paulistas a me
acompanhar nessas apresentações das músicas surgidas por conta do lançamento do
livro Diário da Piscina(É selo de língua – editora É/2017).
Os dois shows que já fizemos foram bonitos demais e tou
sempre aprendendo a mostrar as músicas, a me deixar fluir no fluxo delas, a
saber que a emoção é minha, mas que ao mesmo tempo elas têm autonomia e força
pra me levar com elas e, aí, eu já nem mais tenho importância, se liga – nossa
próxima apresentação vai ser no Semente, dia 10, e estão todos convidados: https://www.facebook.com/events/1450591798325993/?acontext=%7B%22action_history%22%3A%22[%7B%5C%22surface%5C%22%3A%5C%22page%5C%22%2C%5C%22mechanism%5C%22%3A%5C%22page_upcoming_events_card%5C%22%2C%5C%22extra_data%5C%22%3A[]%7D]%22%2C%22has_source%22%3Atrue%7D

Hoje, quando o Tulio acordou, pegou o violão e tocou
Poltrona, uma das músicas do Antigo.
Pedro não pôde deixar de registrar no celular.


Vejam:

sábado, maio 06, 2017

Eu quero agradecer demais aos amigos que estiveram comigo, ontem, de corpo presente e aos que estiveram em pensamento, na homenagem que minha obra literária mereceu, com a entrega da medalha José Cândido de Carvalho. Especialmente ao vereador Leonardo Giordano que abriu essa clareira, onde Vitor Wutski e Tulio Freitas e eu apresentamos minhas composições.
Especialmente a Rafael Saar que registrou em vídeo.
E quando ele registrava minha chegada na Câmara e que eu estava com a Andrea, tinha uma senhorinha linda e confusa procurando pelo homenageado.
Eu avisei-lhe:
- O homenageado sou eu!
- Mas o meu filho me telefonou dizendo que ele é que seria homenageado. Por isso é que vim! – aí, foi que entendi que aquele pessoal bonito e embecado que tava chegando naquela sala no térreo era pra homenagem a seu filho.
Especialmente, quero agradecer à Janaína Bernardes que foi toda atenção à gente em nossa chegada e na preparação do Salão Nobre pra nossa solenidade, no segundo andar. Especialmente ao Pedro que é somente e tudo amor.
Especialmente a Kali C Conchinha e Bruno Cosentino que abrilhantaram nossa apresentação com “Você é muito lindo” e “Eu quero ser sua mãe”, respectivamente.
Especialmente a minha “Vizinha de Baixo”, Fátima Arantes, que pinta flores gigantes, mas que agora está em sua fase de abstratos.
Especialmente ao Edil, Andrea e Cilmara, esta muito especialmente com um beijo.
Especialmente ao Diêgo Deleon e Paulo Barbeto, da Cabeça de Porco, o diretor e Plinio.
Ao Simon e Luciano.
Ao pessoal do gabinete.
Ao Rodrigoxha Xha.
E hoje tem Quintal Aberto #7 Maria Bonita y Luís Capucho! Vamos todos...

quarta-feira, maio 03, 2017

Hoje os meninos Vitor Wutski e Tulio Freitas chegam do interior de São Paulo pra gente apresentar umas poucas músicas na homenagem que minha obra literária irá receber no Salão Nobre da Câmara Municipal de Niterói. Aproveitaremos o ensejo para lançar o Diário da Piscina aqui na cidade e porque eles virão, esticaremos as apresentações, e agendamos somente lugares bons.
A homenagem à minha literatura é uma iniciativa do vereador Leonardo Giordano, por conta de sua contribuição à identidade e direitos LGBTs. E eu fico honrado demais de meus escritos, embora apenas questões comigo mesmo, sejam representativos de um coletivo de pessoas à margem. Ao mesmo tempo, em que são questões de todo mundo, porque acaba que por dentro, onde nos movemos, todo mundo é igual...
E quero parabenizar ao vereador por, na contramão do momento, jogar o de fora pra dentro, como deve ser o movimento das coisas, como diz aquele música baiana de um tempo atrás: abre a rodinha que ta muito apertadinha he he he!... e não sei bem o que dizer... J...
Fora isso, #fora temer, #fora pezão!