quinta-feira, junho 29, 2017

Desde que os meninos se foram e que fizemos aquela manada de shows no estouro da entrega da medalha José Cândido de Carvalho, que não pego no meu violão. Eu fico pensativo sobre isso, na verdade, estou sempre pensativo, assim, porque é o que me acontece, como quem não quer nada, me pego pensando...
Não é que eu fique pensando no fluxo das coisas. A verdade é que o meu pensamento é todo cortado, é cheio de resistências, de bloqueios, de falhas. Ou, como me disse uma vez o Pecador Confesso, é cheio de reticências.
Há muito tempo que me pego assim, talvez, desde sempre. E há alguns anos, fiz uma música sobre isso. Uma música que não sei mais tocar, mas que tenho uma gravação em algum lugar e penso um dia outra vez encontrá-la, porque não quero perdê-la.
Não é que eu tenha pensamentos grandiosos, não é isso. Fico pensando comigo mesmo, em mim mesmo, coisas desinteressantes, que não, interessantes pra mim mesmo, apenas, e tudo. Mas que me fazem lembrar uma das poucas frases de mamãe que ouvi durante a infância e que ficaram gravadas incólumes. Essa, especialmente, era assim. E ela disse na cozinha, fazendo comida:
- Se eu ficar pensando na minha vida, fico louca!
Daí, eu acho que sou louco e acho também que não quero e não digo tudo. Há os que acham que digo tudo aqui no Blog Azul, que não tenho segredos pra ele, no silêncio das entrelinhas. Não sei. Mas não fico tentando dizer o que não quero. Fico quieto. Por isso é que tenho vindo mais espaçado aqui. Embora queira voltar com assiduidade.
Voltando ao assunto, nós tínhamos uma amiga, que acabou se perdendo nas revoadas da direção da vida de cada um, que gostava de dizer que o meu caso era um caso oriental - ela dizia isso referindo-se ao jeito das religiões do oriente - e, fico pensando que, talvez, ela tivesse razão, porque eu me pego aqui no apezinho desejando muito que tudo se apague na minha cabeça.
Ontem, por exemplo, aproveitando o frio, fui me deitar às sete da noite. Como tinha remédio pra tomar às 11 horas, Pedro me telefonou, tomei o remédio e dormi outra vez, quer dizer, acordei agora há pouco, às sete da manhã, quando Pedro me telefonou para o próximo remédio.
Então, eu fico querendo que tudo se apague. E como não sou um eremita, no Himalaia, durmo.
Também não é, eu sei, que tudo vá se apagar com o inverno e com a minha facilidade de dormir. Por exemplo: quando tudo começou, a ideia era também fazer, além do lançamento do Diário da Piscina(É selo de língua – editora É/2017) aqui em Niterói, feito na Câmara Municipal, como os amigos viram, a ideia era fazer um lançamento do livro na cidade do Rio de Janeiro. Mas, aí, não rolou brecha que não as entrelinhas. Mas, agora em julho, como o Prática de Montação vai, outra vez, encenar a Cabeça de Porco, a gente vai aproveitar pra lançar o livro na cidade, na estreia.
Ficaremos muito felizes que você venha!




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