segunda-feira, outubro 23, 2017

Há dez anos, talvez, me lembro de ter postado aqui no Blog Azul sobre o entupimento do tanque da casa de trás, onde morávamos, eu e mamãe. E de ter relacionado isso com o cansaço de suas pernas, além de a postagem ter me lembrado de uma amiga sua, que dizia os problemas de água numa casa, entupimentos, torneiras que pingam, vazamentos, umidade, tudo isso de a água na casa não ter um fluxo certo, ter a ver com os eguns. E que isso, de a água não ter fluxo certo na casa, era problema de reza e tudo.
Depois que mamãe partiu e que me mudei para o apezinho, achei que os problemas nos encanamentos das pias da cozinha e banheiro eram resultado das obras feitas pelo inquilino anterior, essas coisas que a gente pensa pra tentar entender o que está acontecendo e tudo. E que, logo, seria resolvido.
Só que não consegui resolver o escoamento da pia do banheiro e, depois de um monte de procedimentos, já vinha convivendo com a sua água empoçada para escovar os dentes, que era uma água que ficava escoando devagarinho e que me fez desenvolver uma tecnica para usá-la e, aí, isso era um caso que pairava no meu pensamento, uma sombra no meu espírito, uma nuvem negra, assim, um pio de coruja na janela, no telhado, à noite.
Então, quando o Tulio esteve aqui para os lançamentos do Diário da Piscina no Rio de Janeiro, ele cutucou no cano e conseguiu que a água escoasse melhor. Quando perguntei alegre o que ele tinha feito, ele disse que nada, apenas tinha jogado um pouco de água sanitária.
E outro dia eu troxe da vendinha aqui perto alguns litros de cloro e joguei.
Pronto! Adeus nuvem negra, adeus pio de coruja, adeus eguns.
Dois Diários da Piscina para Belém do Pará.


Um comentário:

Jôka P. disse...

Isso!!!