terça-feira, fevereiro 27, 2018


A gente tem curtido muito apresentar as músicas na casa dos amigos, isso que estamos chamando De Casa em Casa. Fizemos dois até agora: o primeiro em Nova Friburgo, na casa do Ciro e semana passada em Laranjeiras, na Claudia. No próximo domingo, faremos esse do Marcio, em Piratininga e na quinta-feira dia 8, faremos em Icaraí, na Babel o8, esses dois, aqui, em Niterói. Ainda teremos outros pelo mês de março, aproveitando que Vitor estará ainda por aqui.
O embrião disso - além de eu ser um cara, assim, meio deslocado, meio sem posição, meio sem sentido, meio out, meio grunge, meio fogo, meio ar – foi a vez em que tocamos na cidade de São Paulo, no loki bicho e os shows do loki tinham todos a legenda Se pa, sem P.A. Então, descobrir essa possibilidade foi uma maravilha pra mim, que, aí, é a gente mesmo, como estamos em casa, sem o “assombro” da amplificação.
Depois, a Klaudia me falou que em BH, há compositores fazendo a mesma coisa, mostrando sua produção nas casas dos amigos. Marcia me disse que a ideia do Sofar também é a mesma. E, aí, eu já não estou tão mais deslocado, tão sem posição etc, porque pareço fazer parte de um lance bem maior que eu, um lance que se amplifica no meu som e do Vitor, com o tótem que Alan me deu de cenário, com o liquidificador do Estômago, As Vizinhas de Trás.
É mais coisas, um era, um é, um foi, um será dia 4, a partir das 15h, mas tocamos às 18. Venham todos!


segunda-feira, fevereiro 26, 2018

Meus livros Cinema Orly, Mamãe me adora e Diário da Piscina, para Manaus, no Amazonas:

domingo, fevereiro 25, 2018


Depois de todas as peripécias que tivemos de passar por conta de coisas esquecidas, desde o meu violão, até as luzes que formam a nossa ilhazinha de mostrar a músicas, depois de toda a tensão disso, Pedro, Claudia, Vitor, começamos a apresentação delas no horário certo, como havíamos imaginado tudo. Os convidados chegaram com as bebidas, foi armada a mesa dos “comes” e eu e Vitor começamos. Teve participação de Bruno Cosentino e a atenção calorosa dos convidados, tudo muito fluido no meio da tensão, como de se imaginar.
E, aí, aconteceu uma coisa maravilhosa, um imprevisto, que depois ficamos tentando esclarecer como a maravilha tinha se dado, como iniciou, quem detonou, essas coisas de querer entender o movimento de um grupo de pessoas amigas juntas numa sala e, aí, a gente se deu conta de que tinha sido algo como a erupção espontânea de, por exemplo, uma espinha, um lance que tinha brotado ali no meio da gente, assim, um expurgo - é o processo de expurgar, expelir, expulsar, exilar ou eliminar algo, no sentido de desfazer-se de um problema e colocar para fora um objeto com conotação negativa – assim, um lance da natureza da gente que tava junto ali, um xixi, um cocô, algo que teve de acontecer no meio da gente e que após isso, recomeçamos de onde estávamos, e tudo continuava inteiro, nada tinha se partido, como se não tivesse havido.
É que de repente, do nada, após uma música, todo mundo se mexeu, parou pra outra coisa, se reuniu numa ante-sala que tinha, na mesa dos tira-gostos, falou, mordiscou, bebeu, Vitor foi no banheiro, Marília me trouxe água, Marcia deu um urro, Paulo com um wiskey irlandês, Bia falou um lance, o tótem, a camisa, os tacos da sala, As Vizinhas de Trás – Lucia Berlin, o Diário da Piscina, tudo seguindo concentradíssimo, Pedro, Claudia, Bernardo, Glaucia, Vânia, Gustavo, e voltamos ao show.
De novo, seguimos o verão. Dia 4 na casa do Marcio - https://www.facebook.com/events/1940152882915597/

dia 8 na Babel 08, tudo em Niterói, pros amigos daqui - https://www.facebook.com/events/157572901615570/


quinta-feira, fevereiro 22, 2018

O Diêgo esteve aqui outro dia, logo que esteve de volta do Peru e ficamos conversando um tempão aqui no apezinho. Me disse que estava com saudades minhas e veio. Antes de sair, deu-me uma lembrança, uma máscara de algum ritual Inca, não sei. Juntei a máscara a meus presentes que transformei em místicos: um unicórnio negro que a Elizete me deu e o pendão de flor de serralha que Rafael me deu.

Vejam:

quarta-feira, fevereiro 21, 2018

Estamos adaptando as músicas que apresentamos no Ciro, em Friburgo, para a apresentação delas, na Claudia. Dizem que o mais difícil é mostrar as músicas para os amigos, por conta da proximidade, e por conta de nas casas não haver os aparatos protetores das casas de shows, o som, a luz, o cenário, tudo, que tem a intenção de nos isolar protegidos, quase como num altar, no palco.
Hoje fizemos um ensaio aqui, e como é o pessoal do troca-livros, na Claudia, apresentarei um trecho do Diário da Piscina, como um oráculo. Infelizmente, não há registro do dia 24 de fevereiro nele. Aliás, não coincidiu ter no “Diário...” registro de nenhuma das datas agendadas, até agora. Vi que tem dia 29 de março, quando será o show do Audio Rebel. Mas todos os shows, desde janeiro de 2017, não teve coincidência.

terça-feira, fevereiro 20, 2018

velha - luis capucho

Para quem está na cidade de São Paulo, recebi hoje esse comentário lindo, do luiz calanca, na loja de quem, agora, tem Poema Maldito pra vender, a Baratos Afins, na galeria do Rock:
"Luiz Calanca
14 h ·
Luís Capucho, é de Cachoeiro de Itapemirim, Espírito Santo. é compositor, escritor, cantor e violonista.
Um gênio retropicalista , um artista diferente e sem igual.
Lua Singela (2003) , Cinema Íris (2012) e Poema Maldito (2014),
foram discos " malditos ". mesmo tendo algumas de suas composições interpretadas e regravadas por outros artistas , entre eles: Cássia Eller,Rogério Skylab, Daude, Clara Sandroni, Pedro Luís e A Parede , e até por Ney Matogrosso. seus discos foram poucos divulgados , e vendido apenas para uma pequena parcela de admiradores.
Depois de passar dias em coma, Capucho perdeu algumas de suas habilidades motoras principalmente o que seria sua maior ferramenta de trabalho , a voz . O disco "Poema Maldito " que só estou conhecendo agora, foi gravado sem nenhum requinte com toda crueza e sem nenhum retoque,
Luis Capucho merece toda nossa atenção e respeito , mesmo que você não ache que ele seja o melhor interprete de sua criação .
Do disco novo , me deliciei inebriado com a musica "Velha "."

https://www.youtube.com/watch?v=b8qLUGKtzs4

segunda-feira, fevereiro 19, 2018

As Vizinhas de Trás – Lucia Berlin. Eu me lembro do Simon dizendo sobre como ele sentia que a masculinidade era um prazer que quando se esvaia, se esvaia afunilando concentrado e cheio de força. E me lembro do Eduardo me falando de sua impressão de que a feminilidade mantinha os ossos do esqueleto todos mais frouxos, nas articulações, a distância entre um osso e outro são maiores. Eu tenho sentido estalar minhas vértebras, elas vão se soltando devagar, ora mais na lombar, ora mais na altura de meu pescoço. Enquanto isso, enquanto meus ossos se esburacam, fui formando As Vizinhas de Trás – Lucia Berlin.
No próximo sábado, vai ter showzin na Claudia: https://www.facebook.com/events/1940061566039178/

Quem vai?

domingo, fevereiro 18, 2018

A Vida é livre (luís capucho)

A gente agendou uma série de shows para o verão aqui, eu e Vitor Wutzki.
O primeiro deles foi em Nova Friburgo, na casa do Sirineu Ciro, e foi tudo muito bonito. Tocamos para quinze amigos dele, todos muito elegantes e sinceros, atentos ao som. Pedro ajeitou um tipo de palco na sala e a gente apresentou as músicas, sem P.A. enquanto os convidados, bebiam vinho, como se faz em Friburgo.
O segundo deles, será na Claudia, sábado que vem, em Laranjeiras. E no domingo, dia 4 de março, no Márcio, aqui em Piratininga. A gente vai avisando sobre cada um deles, para os amigos que acaso se interessem na minha produção, mostrada assim sem amplificação, no osso, lustrada pelo afeto dos amigos, à vontade e à sério.
O pessoal levou a sua bebida, quem quis, levou um tira-gosto, fizemos acepipes e no fim, passamos o chapéu.
https://www.facebook.com/events/1940061566039178/
Vejam:

sexta-feira, fevereiro 09, 2018

A gente meio que se abasteceu aqui, pra passar o Carnaval em casa.
E achamos tão lindo o samba-enredo da Beija-Flor, que vamos ver ela desfilando pela televisão.
Vimos no noticiário que o prefeito esteve muito preocupado em ajeitar a cidade para a festa, esteve pessoalmente no sambódromo e tudo. Mas não quis entregar a chave da Rio de Janeiro para o Rei Momo. Não entendemos isso, se o prefeito não vai ser rei do carnaval. Vai deixar o carnaval sem quem o conduza.

Contando assim, ninguém acredita!

quarta-feira, fevereiro 07, 2018

        Na segunda-feira, me animei a recomeçar com as Vizinhas de Trás e, ontem, pintei mais uma delas – que comporão a tela de cinco figurinhas de mulher. 
        Estão parecendo travestis. 
        Então, eu fico pensando, se, realmente, o inconsciente é uma verdade, onde haveria o meu desejo ou onde eu estaria em pedaços etérios, assim, cósmicos, e essas, que considero travestis aparecendo na tela, quando acabo de pintá-las, serão pedaços meus.
       Quer dizer, não sei se posso inventar o que elas sejam, ou se, definitivamente, são o que não sei. 
       Tá ligado?

       Não consegui tirar uma foto direito:


segunda-feira, fevereiro 05, 2018

Vai Querer? luís capucho

Comecei a pintar uma tela de “As
Vizinhas de Trás”.
Faz bastante tempo que não pego nelas
para pintar e tenho muitas pra fazer, de desejo e de encomenda, mas andei,
assim, de não querer fazer nada com elas, desde que empaquei numa que eu fazia,
da série de Santas, que iniciei.
“As Vizinhas de Trás - Santa
Moema” continua empacada, mas pulei por cima dela e comecei essa, que é no
padrão mesmo das Vizinhas, 70x20cm. A Santa Moema é uma Nossa Senhora que os
menin@s da Cabeça de Porco criaram pra dar conta do desejo, então, ela é meio
que uma santa-deusa, uma santa intermediária, eclética, algo assim, onde
empaquei.
É assim mesmo, tem horas em que
as coisas param, que elas não têm mais caminho e a gente precisa de um tempo
pra recolocá-las no fluxo. Eu não gosto de perder nada, não gosto de deixar
nada pra trás, então, vou terminá-la, feia ou bonita.


Fora isso, Flora filmou nosso
ensaio, eu e Vitor, com as Vizinhas que tenho na sala: